terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

REVOLUÇÃO


Poeta Secundarista


Vamos matar a vida insana!
Com um brinde a revolução
vamos destruir a burrice, que nesse mundo país é tratado como ciência.
Acabaremos a TV, com seu sujo poder de persuasão, com sua imagem apagada ao povo sem
luz.
Acabaremos com o poder político opressor, fazendo com  que uns tudo podem e outros podem
nada.
As cadeias só existem para pobres, mas quem é rico dela sempre escapa.
O sujeito que não pode levar a vida, leva a vida para se sustentar.
Acabaremos com o que chamam de cultura, onde o baixo calão e letras sem letra poluem
a mente, levando a alienação.

Vamos na luta acabar com essa vida, vamos dar a luz à vida aos bem aventurados homens
regados à justiça, e exterminar os que amam essa desordem.

Nossa munição já está pronta: conhecimento, música, poesia e revolução.
Avante!

                                                                   
                                                                  Hércules Freitas

terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

E ENTÃO, QUE QUEREIS?



POETA RUSSO



Fiz ranger as folhas de jornal
abrindo-lhe as pálpebras piscantes.
E logo
de cada fronteira distante
subiu um cheiro de pólvora
perseguindo-me até em casa.
Neste últimos vinte anos
nada de novo há
no rugir das tempestades.
Não estamos alegres,
é certo,
mas também por que razão
haveríamos de ficar tristes?
O mar da história é agitado.
As ameaças
e as guerras
havemos de atravessa-las,
rompe-las ao meio,
contando-as
como uma quilha corta
as ondas .

                                   Vladimir Maiakovski




quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

DEIXE ESTAR




Não precisa ser pra sempre
não precisa ser perfeito
não precisa se concreto
não precisa ser profundo
que seja um momento
que seja só defeitos
que seja sonho
que seja superficial
mas que seja,
apenas seja
apenas deixe ser...


                                         Tereza Neta

autora potiguar
       

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013

AOS VACILANTES







Você diz:
Nossa causa vai mal.
As trevas aumentam.Nossas forças diminuem. 
Depois de termos lutado tantos anos,
estamos numa situação pior do que a do começo.
E o inimigo esta mais forte do que nunca.
(...)
Cometemos erros, não se pode negar.
Nosso efetivo está reduzido.
Nosso discurso está confuso; e uma parte de nossas palavras
foi distorcidas pelo adversário até se tornar irreconhecível.
O que é que está errado no que nós dissemos? 
Alguns pontos? Ou tudo?
Com quem devemos contar, ainda?
Somos apenas os restos de um naufrágio que o rio deixou
nas margens, abandonados,
antes de continuar sua viagem?
Estamos ultrapassados? Não compreendemos mais nada
e ninguém mais nos compreende?
Precisamos ter sorte?
É o que você pergunta. Mas não espere resposta
a não ser de você mesmo.

                                              Bertolt Brecht

domingo, 3 de fevereiro de 2013

Michelly Jardin



Autora de Goiânia




bom é o acaso
acasinho,
que a gente finge inesperado
mas que sempre espera
tem acaso que cria raiz
acaso que vai ser acaso
em outra vida.


                                                         Michelly Jardin