Mário de Andrade
Garoa do meu São Paulo,
-Timbre triste de martírios-
Um negro vem vindo, é branco!
Só bem perto fica negro,
Passa e torna a ficar branco.
Meu São Paulo da garoa,
-Londres das neblinas finas-
Um pobre vem vindo, é rico!
Só bem perto fica pobre,
Passa e torna a ficar rico.
Garoa do meu São Paulo,
-Costureira de malditos-
Vem um rico, vem um branco,
São sempre brancos e ricos...
Garoa, sai dos meus olhos.
"Garoa do meu São Paulo" vem da Lira Paulistana,
ResponderExcluirdesse gênio, precussor do Modernismo em nossa literatura, Mário de Andrade. A chuva...a frieza nos traços disformes das rupturas das classes...
Ah! Antes que eu me esqueça,
ResponderExcluiresses versos, ao invés dos de Florbella Espanca,
os são didecados, amigo Elton Batista, pelo seu níver...