Lívio Oliveira |
Arde ainda o tempo
em que não te vejo
guardando dor e incenso
das horas em que me lancei
sobre os teus peitos duros
e língua acesa em sais
Todo o ar que engulo
de tua boca ausente
mistura venenos
ao sangue impuro
que se expande
em tecidos e cortinas
e nas tuas coxas
sob o oculto da noite e suores.
Teimo em aguardar
mais dias de sonho
de sonos vis
no travesseiro
das tuas costas
tatuadas de centauros.
Lívio Oliveira
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