terça-feira, 1 de dezembro de 2015

MÁRIO DA SILVEIRA



Mário da Silveira


Muitas vezes pensei que mais te amando,
Mais te querendo, só eu poderia,
Colher na seara amarga do meu dia
Um fruto doce, um lenitivo brando.

Mas hoje vejo que vivi sonhando
Um grande bem que, enfim, não existia,
Porque, se mais te via, mais eu via
Tua alma da minha alma se afastando.

Eu, que nasci sentimental e poeta,
Eu te sentia humana entre os meus braços,
Como as demais, efêmera e incompleta.

Mas, que loucura! Mas, que ledo engano!
Vendo-te imaterial pelos espaços,
Sinto-me triste, muito mais humano!

                                                                          Mário da Silveira



2 comentários:

  1. Preciso da biografia completa do poeta Mário da Silveira para meu trabalho acadêmico.
    Grata.
    Cristina Couto.
    cmacouto@yahoo.com.br.

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  2. Preciso da biografia completa do poeta Mário da Silveira para meu trabalho acadêmico.
    Grata.
    Cristina Couto.
    cmacouto@yahoo.com.br.

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