terça-feira, 27 de novembro de 2012

À MERCÊ DO EU




Mario Gerson, maior responsável pelo movimento Novos Poetas.



Estou onde meus dedos doem...
Onde meus dedos somem,
Na fagulha acesa do dia
Assombrando solitários sóis,
Que alumiam vagas manchas de saudade,
Impregnadas numa pele qualquer.

II
Meus amanhãs nunca morrem
Nesta soma comum de tantos nadas,
Em que se solidificam vertigens.

III
Quantos corpos, nesta noite,
Jogados ao relento das horas,
À mercê do Eu!

                                                                 Mário Gerson


Obra do poeta mossoroense, "A Noite de Luvas Brancas".



Um comentário:

  1. O poeta, jornalista, escritor e editor, Mário Gerson vem brindar com lugar de destaque esse momento frutífero, esse momento de produção, de efervescência cultural, através de um dos veículos midiáticos mais importantes que circulam pelas ruas potiguares. Falo do Jornal Cultural Clandestino!
    Como os "amanhãs nunca morrem
    Nesta soma comum de tantos nadas,
    Em que se solidificam vertigens", "A Mercê do Eu" vem solidificar maravilhamentos!

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