Nícolas Mikael
Bela em fosfênio,
prosperando em lâminas
divina,ao meu ser divindade
luzeiro em olho humano,
capaz de bifurcar meu ser
fugaz; mero e simples
vaga em ti meu coração
mexinflório, em tolher
meu ser...
Com você foi tudo tão
diferente, tão forte, tão quente
a ardência da paixão cegou
meus olhos, ficou difíciu perceber
que você era simplismente
uma luxúria do meu eu...
que não passava de fases e sim de faces;
Por que?
Tudo que é bom faz mal!
Tudo que é mágico é mera ilusão...e tudo o que era amor,
torna-se convívio;
acho que o Amor é puro marketing
de poetas sem inspiração,
que alimentam almas famintas por carência!
quinta-feira, 29 de dezembro de 2011
segunda-feira, 19 de dezembro de 2011
EM LUA ARADA
Iara Maria Carvalho
Gosto de cheiros
Trincados
Dentro da boca
Apavoram-me
Engolir desejos
Aquietar doiduras
Pendula o barco
Por todas as proas
Até transborde a lua
Grãos de mel
Sementeiam
Escrevendo estrelas
Pelas ruas.
Gosto de cheiros
Trincados
Dentro da boca
Apavoram-me
Engolir desejos
Aquietar doiduras
Pendula o barco
Por todas as proas
Até transborde a lua
Grãos de mel
Sementeiam
Escrevendo estrelas
Pelas ruas.
terça-feira, 6 de dezembro de 2011
LÁGRIMA
R. Leontino Filho
imaginar os passos
o som lento
a construção da tristeza
imaginar as dívidas
o ritual ancestral
a canção absurda da terra
imaginar os exílios
a saudade farta
a pátria em pedaços
no hemisfério dos olhos
a imaginação passeia
doce migração dos lares
no hemisfério dos olhos
a memória registra o arco-íris
larga solidão dos reinos
no hemisfério dos olhos
o poema desencarna
fria calmaria dos becos
a língua no hemisfério dos olhos
nem imagina as migalhas de culpa
cuspindo vícios
rachando cabeças
afogando sombras
a lágrima no hemisfério dos olhos
nem imagina os restos de sonho
moldando passos
devorando sentidos
borrando tristezas
imaginar todo hemisfério
é revolver o inverso dos olhos
tudo descontar, à revelia
separar pedaços de crepúsculo
misturar pousos
romper acordos
todo hemisfério é imaginação
inocência gasta
v a d i a
imaginar os passos
o som lento
a construção da tristeza
imaginar as dívidas
o ritual ancestral
a canção absurda da terra
imaginar os exílios
a saudade farta
a pátria em pedaços
no hemisfério dos olhos
a imaginação passeia
doce migração dos lares
no hemisfério dos olhos
a memória registra o arco-íris
larga solidão dos reinos
no hemisfério dos olhos
o poema desencarna
fria calmaria dos becos
a língua no hemisfério dos olhos
nem imagina as migalhas de culpa
cuspindo vícios
rachando cabeças
afogando sombras
a lágrima no hemisfério dos olhos
nem imagina os restos de sonho
moldando passos
devorando sentidos
borrando tristezas
imaginar todo hemisfério
é revolver o inverso dos olhos
tudo descontar, à revelia
separar pedaços de crepúsculo
misturar pousos
romper acordos
todo hemisfério é imaginação
inocência gasta
v a d i a
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