quarta-feira, 14 de maio de 2014

PRISCILA ROSA


Poetisa Natalense

A poesia entrou pela janela
sentou no sofá
deitou-se na cama

Enigmática
observou
pares de sapatos
mudas de roupas
minha coleção interminável de Clarice

Antes de sair
catou alguns pedaços de papeis
abandonados na lixeira:

encontrara seu nome rabiscado

Tentando disfarçar o mal-entendido
ofereci um vinho barato
saiu discreta
não respondeu

Acho que era muito parnasiana
para a modernidade
destes versos
livres.


                                                                        Priscilla Rosa




Nenhum comentário:

Postar um comentário