terça-feira, 30 de outubro de 2012

CRIATURA NOTURNA

poetisa em congresso na UERN/CAMEAM



                                 Criatura noturna...
                                 de hábitos singulares
                                 de semblante límpido
                                 de sensibilidade aflorada

                                 Sentimento na pele, na voz...
                                 movimento corpóreo característico
                                 de um filósofo da escuridão.
                                 Pois a lua sempre se torna musa de
                                 inspiração;
                                 e o néctar para celebrar do flerte
                                 ao coito,
                                 vem das plantas que não rastejam
                                 no chão.


                                                                  Géssica Nunes
                                
                                


2 comentários:

  1. "O tempo costura as horas
    com sua linha azul vaporosa,
    fabrica as sendas de um árqui-senil império a
    sempre vestir-se de um mar novo, de areia imaculada-morna,
    de ventos respingados de cheiros d'além mar.

    O tempo costura nossos ossos de gozo e cansaço.
    Mas,
    eis que vinda a poesia (estrosa e seminal), eis que vinda ela, o
    gozo trucida o cansaço em suas águas mordentes.

    E é quando o dia abre seu branco, e as coisas amorosas que
    se possuem em sedício põem-se novamente máquinas do mundo,
    e o corpo recupera sua forma asual, que o poema
    enfim,
    duro e real como o chão lambido de asfalto
    ou como
    o concreto sujo das paredes das Casas de Deus,
    é que o poema enfim devolve os homens donde os tinha tirado:

    da vida - ou sua auxência."

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