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Grande Poeta Mossoroense |
Acene, para mim, de algum lugar...
levante tua mão eme saúde,
nem que seja à beira do ataúde
em que minh'alma irá repousar.
Acene, para mim, bem devagar...
da beira do abismo e desfrute
da imagem que fui - ser tão rude...
do desejo de nunca me vingar!
Sobre os ombros, o peso dos teus olhos
desequilibra-me na montanha e os abrolhos
cortam-me os pés na subida infame...
Levo esta pedra, minha cara senhora,
como o Sísifo de mim, na vida afora
a conduzi-la sem o teu nome...
Mário Gerson