terça-feira, 3 de abril de 2012

OS FANTOCHES

                                                          Deífilo Gurgel







O fantoche obedece cegamente
ao comando do manipulador: 
um tempo de sorrir e estar contente,
um tempo de chorar e sentir dor.

Mas, a face não muda. A gente sente 
olhando em seu olhar, seja o que for 
de morte e solidão, a inconsistente 
vida a que uma outra vida dá calor.
 
O homem dos fantoches é um sucesso: 
— Distinto público, eu agora peço... 
(Silencia a ululante patuléia).

A lágrima e o sorriso controlados
nos cordéis habilmente disfarçados. 
(Os fantoches no palco ou na platéia?).


4 comentários:

  1. Falou em poesia que "um dia a morte, monja silenciosa,/me levará também,só,entre rosas,/
    para a outra margem desta solidão". E o levou mesmo, cheio de sua dignidade, no último 06 de fevereiro. O potiguar Deífilo Gurgel, da mansa Areia Branca, além de poeta e reconhecido professor, tornou-se imortal como folclorista, historiador e escritor...esteja a brilhar em uma outra realidade, muito doferente desta!!!

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  2. Grande Yuri.. parabéns pelo blog, amigo. Só acho q precisa de maior divulgação, pois, até ontem, desconhecia sua existência... agora, já tem mais um leitor garantido. Avante nessa empreitada. Abraço!

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  3. Fico imensamente grato pelo elogia feito ao meu espaço,e também pela própria interação em sí, sendo que este blog tem por iniciativa estimular diálogos que vão da literatura e da arte ás esferas sociais, camarada Julius. E digo mais,concordo absolutamente com você em relação à falta de
    divulgação, vejo que não bastam os meus links nas redes sociais. Eu preciso ainda da colaboração dos meus leitores, também divulgando por sua vez.Vou fazer o possível para divulgar também nos cadernos culturais de alguns jornais em Mossoró, conheço algumas pessoas que podem me ajudar.Abraço!

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