sexta-feira, 17 de agosto de 2012

TCHAIKOWSKY SMETANA

Poeta das ruas de Pau dos Ferros




                                              Nas profundezas da loucura
                                              também existe ternura,
                                              quando morrer quero teu nome
                                              na cruz da minha sepultura.

                                             Está tão escuro
                                             faz tanto frio,
                                             sinto falta do teu corpo
                                             que me clareia e me aquece.

                                             Se eu podesse voar
                                             eu te levaria além das estrelas
                                             para que nosso amor
                                             movesse todas as galáxias.

                             
                                                                               TCHAIKOWSKY SMETANA                
                                             

7 comentários:

  1. Finalmente Tchaikowisky Smetana, autor de "Lamentos de um monstro", um homem entregue à sargeta dos limiares dos bares, uma mente grandiosa entregue ao seu abismo crucial enriquecedor do seu imaginário dramático,nele não há o fingimento poético herdado dos arcadistas, seu sofrimento é ácido como sua poesia...Saldade do seu violão, hoje mudo!

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  2. Viva a poesia marginal, viva ao homem, ao poeta e ao verso livre!

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  3. a vida tem uma forma sutil de maltratar, modelando o homem e o seu universo, viva toda forma de liberdade, pois ela
    embriaga o sofrimento!!!

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  4. Estou gostando muito blog!
    Poesia muito linda, de uma sensibilidade incomparável. Esses versos resumem tudo: "Nas profundezas da loucura /também existe ternura". Poeta de nome difícil.

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  5. O sentimento puro e verdadeiro que Tchai expressa nos seus versos é de admiração profunda... Sua humilde forma de escrita, se manifesta também na rua, seu refugio predileto, Marginal, no verdadeiro sentido da palavra, e o cara mais underground que conheço, uma lenda rara nessa cidade de apego material. Quem derá um dia ainda poder ouvir os acordes entoados pelo seu violão amigo, e ouvir-te mais uma vez declamar Augusto dos Anjos ou seus versos próprios!

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  6. Um dia Teu violão cantará novamente versos, sejam eles de dor ou de liberdade, sejam eles de arrependimento ou de redenção, mas ele voltará a cantar, e tenho absoluta certeza que quem passar, vai parar sentar ao teu lado, e vai ecoar o grito de TCHAIIIIIIIIIIII O ANDARILHO DAS VEIAS-PAUFERRENSE que o mesmo conhece como seus dedos ao dedilhar teu maior amigo! Mesmo aqui em Sampa, ainda lembro da voz que ecoa na minha mente! Saudades do bom e velho Tchai!

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