quinta-feira, 13 de agosto de 2015

TERRA MATER

Ferreira Itajubá


Natal é um vale branco entre coqueiros:
logo que desce a luz das alvoradas,
vão barra afora as velas das jangadas,
cessam no rio as trovas dos barqueiros.

E à tarde, quando os rudes jangadeiros
voltam da pesca às praias alongadas,
começa à sombra fresca das latadas
a palestra amorosa dos solteiros.

Quantas belezas mil Natal encerra!
Deu-lhe a natureza um mar esmeraldino,
despiu-lhe o morro, aveludou-lhe a serra...

Terra de minha mãe, bendita sejas,
orvalhada no pranto cristalino
da saudade das moças sertanejas!


                                                                          Ferreira Itajubá



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